3 de março de 2007

Domínio

Passei a tarde inteira inventando, vasculhando e consultando nomes.

Tenho pretensão de poder viver do meu trabalho autônomo como comunicóloga, revisora e assessora de imprensa, e acabei de fechar um contrato que me deixou enormemente feliz, com um cliente que admiro porfundamente. Estou animada e vislumbrando mais concretamente a possibilidade de minhas pretensões se tornarem reais. Não vou medir esforços.

A primeira coisa que decidi fazer, e que é urgente, foi registrar um domínio na internet, para eu ter uma página (mas não agora, ainda, mas em breve) e para eu ter um e-mail profissional, usual, eficiente. Trabalhar com meu hotmail é feio pacas. Preciso de um paula@algumacoisabonitaeconsistente.com.br. E foi esta alguma-coisa-bonita-e-consistente que passei a tarde inteira buscando.

O mais óbvio, e que um monte de gente sugeriu, foi que eu registrasse o paulaberbert.com.br. Mas tem dois poréns: 1) meu nome é difícil de falar e de escrever; me imagino no telefone, como sempre acontece quando preciso dizer meu nome, soletrando mil vezes, a pessoa não entendendo, vai acabar mandando as coisas para o endereço errado; 2) acho que usar o próprio nome é um tanto egocêntrico demais; não quero uma página pessoal, para divulgar a minha figura - quero uma página para falar de meu trabalho, mostrar o que produzo.

Aí, então, o pensamento parte daí: o nome tem de ter relação com o que produzo. Com comunicação. E com uma certa liberdade, porque quero deixar brechas para outras ações, para agregar outras pessoas, outros trabalhos. Imagino uma central de serviços relacionados a cultura, produção, idéias, imagens. Conheço pessoas cujo trabalho admiro, penso em reuni-las nisso, se der. Seguindo, o nome não pode ter cara de empresa, porque, afinal, eu não tenho uma empresa - nada do tipo PBComunicação, portanto. Também não pode ser algo muito longo, frases ou qualquer coisa que a pessoa precise se concentrar para digitar. Outra coisa: penso também na formatação; não gosto quando tem acento ou cedilha e a palavra muda de pronúncia, como produção ("é produção, mas sem o til e sem cedilha, producao..."), ou quando uma mesma letra se repete na junção das palavras, tipo, sei lá, "cantar rápido" (e vira cantarrapido, fica uma dúvida se repete o 'r' ou não). Por fim, tem de ser bonito mas com seriedade, afinal o caso é profissional.

Tive algumas idéias legais, mas esbarro num problema: a maioria dos nomes já estão registrados. O povo já pensou em tudo. Na hora que acho que fiz bingo, vou ver e já existe. Que droga. Resultado: depois de quatrocentas mil idéias, consegui fechar uma lista de sete opções. Estou mais inclinada para um lado, mas ainda acho que pode vir coisa melhor. Vou queimar mais neurônios. E aceito sugestões.

P.S.: Nesta história, acabei brincando de ler dicionário, procurando boas palavras e bons significados. Eu sempre adorei dicionários, é quase um fetiche, mas desta vez ele não me serviu muito... O legal é que descobri que fealdade é a qualidade de feio, eu não sabia disso. Lembrei de uma vez, há muitos anos, numa festa de rua, eu e duas amigas, um cara chegou dando em cima de uma delas e ela largou logo a mentira: "tenho namorado". Ele prontamente questionou qual problema havia nisso, e ela: "o problema é que eu sou fiel". Aí veio a pérola dele: "nada a ver este negócio de fildade". F-i-l-d-a-d-e. Que beleza.

2 comentários:

  1. Oi, petuti!

    Nem sabia que tinha muito gelo nessa parada! =]

    Então também dá uma olhada aqui: jesusbluseiro.blogspot.com

    Afinal, a vida não é feita só de imagens, certo!?

    Saudade-fixa! Infinita!
    Beijo

    ResponderExcluir